Apesar de vivermos na época do progresso das grandes tecnologias em todos os campos da ciência, a sociedade brasileira ainda enfrenta um dos problemas sociais mais perversos: o racismo. De certo modo, falar sobre racismo no Brasil parece até um tema clichê e é exatamente aqui onde mora o perigo.
O racismo, por ainda existir como um problema estrutural da sociedade, precisa ser debatido em todas as estruturas sociais. De acordo com os indicadores do IBGE de 2010, estima-se que a população negra represente 54% da população brasileira. Ainda assim, a exclusão econômica, social e cultural imposta a população negra são os principais fatores que fundamentam o processo de exclusão racial.
O que é o racismo?
Uma maneira de descobrir o significado de uma palavra consiste em encontrar os seus sinônimos. Depois de uma rápida pesquisa na internet, constatamos que para a palavra racismo não é diferente: desprezo, desigualdade, discriminação, injustiça, marginalização, segregação e violência. Em outras palavras, o racismo configura um conjunto de ideias, pensamentos e ações que partem do pressuposto da existência de raças superiores e inferiores.
Ademais, o racismo se trata de um conjunto de ações descriminatórias e violentas em relação a um grupo social ou étnico. Dessa maneira, no Brasil ele funciona como uma maneira de estimular e dar continuidade a discriminação relacionada as pessoas negras. Por definição, esse tipo de preconceito está pautado também nas desigualdades de acesso e de oportunidades. Logo, onde a cor da pele e outros marcadores da característica negra se estabelecem, fronteiras em relação aos direitos sociais também se impõem.
A história do racismo no Brasil
Só de pensar que os antepassados africanos, foram sequestrados de suas terras tiveram que sobreviver nos porões de navios em situações deploráveis, resulta abominável. Nesse sentido, a desigualdade racial surge justamente da história escravocrata que institucionalizou a inferioridade da população negra no país.
Portanto a história colonial do Brasil foi a principal responsável pelas atrocidades vividas por estes grupos étnicos. Por isso, apesar de mais de dois séculos de história, a população negra ainda sofre com as consequências do etnocídio resultantes da escravidão.
Afinal, o que é o racismo institucional?
Depois de entender a origem do racismo no país é mais fácil compreender os sintomas sociais ocasionados por ele nos dias de hoje. Assim sendo, podemos qualificar o racismo institucional como a manifestação das suas ideologias nas estruturas de organização da sociedade e nas instituições governamentais.
Sendo assim, qualquer sistema de desigualdade que se baseia direta ou indiretamente na segregação racial dentro das instituições consiste de um exemplo de racismo institucional. Ou seja, a sua naturalização se torna ainda mais evidente e é acompanhada pelas relações sociais cotidianas que contribuem para o silêncio ensurdecedor do racismo no país.
Metanoia cultural contra o racismo estrutural brasileiro
A discriminação racial ocorre no mundo inteiro. De fato, uma das guerras mundiais tinha como razão a exaltação de uma raça superior. Porém, no Brasil, o processo de naturalização do racismo e da normatização cultural dos costumes e tradições racistas tornam o problema racial muito mais evidente.
Deste modo, cabe a população brasileira, em unidade, trabalhar para uma mudança radical dessa mentalidade. Quando o povo brasileiro perceber que a união realmente faz a força, poderemos combater a cultura do racismo. Onde infelizmente crimes racistas ainda são manchete nos principais meios de comunicação.
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